PANDEMIA: ESTAVA NO MEIO DE UMA TRANSAÇÃO DE COMPRA DE IMÓVEL. COMO PROCEDER?

PANDEMIA: ESTAVA NO MEIO DE UMA TRANSAÇÃO DE COMPRA DE IMÓVEL. COMO PROCEDER?

A rápida disseminação do novo coronavírus no Brasil fez com que o cenário econômico ficasse instável e as medidas de isolamento social foram tomadas nos Estados em ritmos diferentes. Quem estava em meio a transações de negócios se coloca em dúvida sobre prosseguir ou não. E, claro, a dúvida é sensata. Afinal, a economia segue instável

Primeiro de tudo: se você estava prestes a adquirir um imóvel, a primeira coisa que você precisa saber é que o mercado imobiliário, diferente dos outros investimentos, apresenta maior estabilidade e segurança. Enquanto quem investiu na bolsa, por exemplo – que registrou grandes quedas nos últimos meses –, perdeu dinheiro, quem investe em imóveis tem a garantia de ter o investimento em valor estável e até maior devido a sua valorização. Portanto: calma! Talvez não seja a hora de adiar esse plano.

Na verdade, por mais contraditório que possa parecer, a hora é realmente agora. Neste momento, os bancos estão oferecendo financiamentos com taxas mais atrativas e, no caso da Caixa Econômica Federal, com parcelas fixas. Inclusive, a CEF anunciou no início de abril que vai investir R$ 43 bilhões para a construção civil. De imediato, o banco já começou o incentivo para as pessoas tomarem crédito imobiliário. Os novos compradores vão ganhar prazo de seis meses para começar a pagar as prestações.

O que você precisa saber

Para Sebastião Justo, advogado especialista em Direito do Consumidor, quem estava em transação e ainda não deu continuidade à finalização do processo, é preciso observar alguns fatores. “Esse é o momento para verificar com calma o que estava sendo assinado. Há novas oportunidades e, dependendo do caso, por exemplo, do financiamento imobiliário, é possível negociar”, explica.

Para ele, alguns fatores são importantíssimos para serem analisados:

– Oportunidades: “agora há chances de conseguir um financiamento com taxas menores ou até mesmo pegar um empréstimo com carência no pagamento da primeira parcela. A opção é boa, mas é preciso se atentar ao que virá neste contrato e, saber, é claro, quais as possibilidades de quem está comprando”, orienta.

– Garantias: “para os contratos em transação na planta, é preciso observar a própria construtora. Dar preferência às consolidadas e reconhecidas”, destaca.

– Conversar: “a negociação e a boa conversa devem ser feitas por ambas as partes, tanto de quem compra, quanto de quem vende ou financia. Se há alguma dúvida, o recomendado sempre é procurar um especialista na área”, pontua.